Coisa alguma se te afigure apavoradora.
A vida são as experiências vitoriosas ou não, que te ensejem aquisições para o equilíbrio e a sabedoria.
Não sofras, portanto, por antecipação, nem permitas que o fantasma do medo te perturbe o discernimento ante os cometimentos úteis, ou te assuste, gerando perturbação e receio injustificado.
Quando tememos algo, deixamo-nos dominar por forças desconhecidas da personalidade, que instalam lamentáveis processos de distonia nervosa, avançando para o desarranjo mental.
Os acontecimentos são conforme ocorrem e como tal devem ser enfrentados.
O medo avulta os contornos dos fatos, tornando-os falsos e exagerando-lhes a significação.
Predispõe mal, desgasta as forças e conduz a situação prejudicial sob qualquer aspecto se considere.
O que se teme, raramente ocorre como se espera, mesmo porque as interferências Divinas sempre atenuam as dores, até quando não são solicitadas.
O medo invalida a ação benéfica da prece, esparze pessimismo, precipita em abismos.
Um fato examinado sob a constrição do medo, descaracteriza-se, um conceito soa falso, um socorro não atinge com segurança.
A pessoa com medo, agride ou foge, exagera ou se exime da iniciativa feliz, torna-se difícil de ser ajudada e contamina, muitas vezes, outras menos robustas na convicção interna, desesperando-as, também.
O medo pode ser comparado a sombra que altera e dificulta a visão real.
Necessário combatê-lo sistematicamente, continuamente.
Doenças, problemas, noticias, viagens, revoluções, o porvir não os temas.
Nunca serão conforme supões.
Ela fora uma menina muito esperta, aprendendo tudo com facilidade e se esmerando na prática do que fazia, tanto no lar como na escola.
Quando jovem estava muito à frente de sua idade, recebendo carinho e respeito pelo seu comportamento e pela integridade moral.
Formou-se professora primária e chamava a atenção pela competência, dedicação e carinho para com as crianças.
Dizia estar feliz com a escolha realizada e sonhava com a possibilidade de um dia poder dirigir a sua própria escola.
No templo religioso a que estava vinculada, evangelizava crianças com tanto carinho e esmero, que as conquistava para Jesus, de imediato.
No entanto, sua vida trazia planos mais urgentes e determinados, que precisavam ser realizados.
Ao se casar, com alegria esperou pelo seu primeiro filho, que chegou trazendo consigo necessidades especiais.
Imprescindível sua presença junto ao pequeno, totalmente dependente, em tempo integral.
Suspendeu seus planos anteriores, programando e mantendo apenas as suas atividades espirituais no templo.
Buscou, desde então, utilizar seus dons, aprendizados, paciência e dedicação junto ao pequeno, que se tornou seu maior tesouro.
Décadas rolaram, e sua vida continuou sendo totalmente entregue ao filho.
Quando lhe perguntavam sobre os sonhos da juventude, apenas dizia que na vida é necessário distinguir e optar para o que é essencial, entre tudo o mais, que se torna acessório.